3 - 4 minutes readBase de Fuad Noman terá participação tímida em comissões da Câmara de BH
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A base do governo Fuad Noman (PSD) perderá espaço na distribuição das comissões da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) para o biênio 2023-2024.

Com cinco cadeiras cada, a maior parte das comissões terá maioria de vereadores do grupo que alçou o vereador Gabriel Azevedo (sem partido) à presidência, o que foi recebido com certa resignação entre os parlamentares da base de Fuad diante da vitória dos adversários na eleição para a Mesa Diretora

A maior derrota foi a ausência de vereadores da base de Fuad na Comissão de Legislação de Justiça (CLJ), a mais importante da Casa. A CLJ analisa a constitucionalidade e a legalidade das matérias, não o mérito. Caso qualquer texto seja rejeitado, deixa de tramitar, o que, conforme admitiram vereadores da situação ao Aparte, deve redobrar o trabalho de articulação do líder de governo, vereador Bruno Miranda (PDT). 

Até então presidida por Gabriel, a CLJ deve ser agora presidida por Fernanda Pereira Altoé (Novo). Os vereadores Irlan Melo (Patriota), Jorge Santos (Republicanos), Uner Augusto (PRTB) e Ramon Bibiano (PSD), que, apesar de ser correligionário do prefeito, foi o responsável pelo voto de minerva para eleger Gabriel em meio a troca de acusações de lado a lado, completam a comissão

Antes na CLJ, o vereador Reinaldo Gomes (MDB) foi realocado na Comissão de Saúde e Saneamento, onde deve ser o presidente. Aliás, a comissão será a única dominada pela base de governo, como já era no último biênio. O colegiado ainda terá Dr. Célio Frois (PSC), Helinho da Farmácia (PSD), Maninho Félix (PSD) e Bruno Pedralva (PT). Recém-empossados, os dois últimos substituíram Bim da Ambulância (Avante) e Macaé Evaristo (PT), que votaram no vereador Claudiney Dulim (Avante), candidato apoiado por Fuad.

Apesar de ser integralmente composta por parlamentares do grupo que apoiou a candidatura de Dulim, a Comissão de Direitos Humanos, ao contrário da de Saúde, é uma das menos disputadas da Casa. Irão compô-la, além de Miranda e Dulim, Pedro Patrus (PT), Gilson Guimarães (Rede) e Léo Burguês (União). Em 2023, o colegiado deve ser presidido por Patrus. Em 2024, a tendência é que Guimarães assuma a presidência.

A base de Fuad ainda terá maioria na Comissão de Mulheres, que, assim como a de Direitos Humanos, é uma das menos politicamente disputadas da Câmara. A presidência deve ser assumida pela vereadora Cida Falabella (PSOL), recém-empossada. As outras cadeiras serão ocupadas por Flávia Borja (PP), Loíde Gonçalves (Podemos), Marcela Trópia (Novo) e Professora Marli (PP). 

Segunda mais importante, a Comissão de Orçamento e Finanças Públicas terá maioria ligada a Gabriel, com os vereadores Cleiton Xavier (PMN), Loíde Gonçalves (Podemos) e José Ferreira (PP), que deve ser o presidente. Dos integrantes, apenas os vereadores Juninho Los Hermanos (Avante) e Marilda Portela (Cidadania) compõem a base de Fuad. A proporção de três da oposição, mais dois da situação também foi para as comissões de Administração Pública; Educação, Ciência e Tecnologia; e Desenvolvimento Econômico.

A Administração Pública, por exemplo, terá Wilsinho da Tabu (PP), Cláudio do Mundo Novo (PSD) e Rubão (PP), todos da oposição, e Iza Lourença (PSOL) e Wagner Ferreira (PDT), que se alinharam a Dulim durante a eleição para a Mesa Diretora. Já a de Educação terá Marcela Trópia (Novo), Professora Marli (PP) e Flávia Borja (PP), representantes da oposição, e Cida Falabella (PSOL) e Álvaro Damião (União).

No Meio Ambiente, Miltinho CGE (PDT) até assumirá a cadeira antes de Duda Salabert (PDT), eleita deputada federal, mas a maioria é da oposição a Fuad, como Juliano Lopes (Agir), Marcos Crispim (PP) e Ciro Pereira (PTB), que, inclusive, deve presidir a comissão. O vereador Wanderley Porto (Patriota), da base de Fuad, completa o colegiado. Já a de Desenvolvimento Econômico deve ser a terceira comissão a ser presidida pelo Novo, com o vereador Braulio Lara. Ainda estarão na comissão os vereadores Henrique Braga (PSDB), Wesley (PP), Fernando Luiz (PSD) e Sérgio Pinho Tavares (PL).  

O Tempo