Os líderes partidários da Câmara Municipal de Belo Horizonte têm até a próxima quarta-feira (21/12) para indicar os integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito que vai investigar se houve uso da máquina pública municipal, durante a gestão do ex-prefeito Alexandre Kalil (PSD) na Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), para interferir em questões internas do Atlético.

A presidente da CMBH, Nely Aquino (Podemos), instaurou a CPI na sexta-feira (16). Pelo regimento interno da Casa, os líderes têm cinco dias, contados da instauração, para escolher os integrantes de cada bloco na comissão.

Apesar disso, as atividades da CPI só devem ganhar força a partir de fevereiro do próximo ano, já que os vereadores entram em recesso em janeiro.

A comissão será formada por sete membros. O único garantido é Ciro Pereira (Mais Brasil), pois foi o primeiro signatário do requerimento que pediu a abertura da CPI. Por outro lado, ele não poderá ser presidente ou relator do colegiado.

Junto com ele assinam o requerimento os parlamentares Bráulio Lara (Novo), Cleiton Xavier (PMN), Fernanda Pereira Altoé (Novo), Flávia Borja (PP), Gabriel (sem partido), Irlan Melo (Mais Brasil), Jorge Santos (Republicanos), Juliano Lopes (Agir), Professora Marli (PP), Rubão (PP), Marcos Crispim (PP), Nikolas Ferreira (PL), Wesley (PP) e Wilsinho da Tabu (PP). 

Os vereadores querem apurar as contrapartidas exigidas para a construção da Arena MRV e a nomeação, em cargos comissionados da Prefeitura, de ex-funcionários do clube e de lideranças de torcidas organizadas. 

“Os vereadores da Câmara Municipal de Belo Horizonte, constataram, em ampla cobertura da imprensa, uma clara suspeita de que as contrapartidas exigidas pela construção do estádio do Clube Atlético Mineiro, denominado Arena MRV ou Arena do Galo, foram impostas exclusivamente para prejudicar o andamento das obras do novo complexo esportivo mineiro, por motivos alheios ao interesse da cidade”, aponta um trecho do requerimento.

O Tempo