3 - 4 minutes readVeja quais serão os membros das duas CPIs instaladas na Câmara de BH
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A Câmara Municipal de Belo Horizonte definiu, na tarde desta terça-feira (18), a composição das duas comissões parlamentares de inquérito (CPIs) instaladas na Casa no início do mês para investigar os gastos da prefeitura da capital durante a pandemia e os contratos e supostas irregularidades da BHTrans. Com os nomes definidos, o membro mais idoso de cada grupo convoca a primeira reunião para eleição de presidente e relator, o que deve ocorrer até três dias depois da formação dos colegiados.

O líder de governo na Casa, vereador Léo Burguês (PSL) disse à reportagem que “as CPIs serão uma excelente oportunidade para discutir o transporte público na cidade e mostrarmos a atuação da prefeitura no enfrentamento à Covid”. “A prefeitura não participou do atual contrato do transporte público e tem a menor taxa de mortes por 100.000 habitantes das capitais”, ressaltou.

A presidência da CPI da Covid-19, ao que tudo indica pelos bastidores da Casa, deve ficar com o vereador Juliano Lopes (PTC), que tem feito diversas críticas à gestão de Alexandre Kalil (PSD) na pandemia, principalmente quanto às restrições em academias. Já a relatoria deve ser disputada entre Irlan Melo (PSD), líder do partido de Kalil na Câmara e Flávia Borja (Avante), outra antagonista e crítica do Executivo durante a pandemia, que tem o foco no retorno das escolas.  Em contato com a reportagem, Flávia Borja confirmou que pretende lançar seu nome como candidata à relatoria.

Há quem diga que esse foi o colegiado “mais duro” para a prefeitura, já que alguns avaliam que o colegiado teria até cinco membros com opiniões de oposição e apenas dois da base governista. Outros interlocutores avaliam que o número seria de quatro oposicionistas, já que consideram Jorge Santos (Republicanos) como alguém da situação.

Já o cenário do colegiado que vai investigar supostas irregularidades na BHTrans parece um pouco mais definido. É praticamente certa a presidência de Gabriel Azevedo (Patriota), que já iniciou conversas e articulações enquanto comandante do grupo. A relatoria deve ser disputada por Reinaldo Gomes (MDB), que integrava a base do prefeito e agora se juntou a Nikolas Ferreira (PRTB), e Claudiney Dulim (Avante), avaliado como o integrante mais próximo ao Executivo no grupo.

Em contato com a reportagem, Dulim rechaçou ser o vereador mais alinhado ao prefeito e disse ser apenas favorável à governabilidade. “A CPI é uma ferramenta importante do parlamento e da democracia. Vamos fazer um trabalho essencialmente técnico. São parlamentares capazes e comprometidos com os melhores interesses da cidade. O foco é proporcionar à população mais transparência, controle e planejamento no transporte coletivo da cidade. Um serviço melhor e que atenda verdadeiramente o usuário. É um desafio. Vamos superá-lo”, disse.

A reportagem tentou contato com o secretário de governo Adalclever Lopes sobre as composições e avaliação do Executivo, mas ele não respondeu.

Veja como ficaram as composições:

CPI da BHTrans

Titulares

Wanderley Porto (Patriota)

Reinaldo Gomes (MDB)

Gabriel Azevedo (Patriota)

Prof. Claudiney Dulim (Avante)

Bella Gonçalves (PSOL)

Bráulio Lara (Novo)

Rubão (PP)

Suplentes

Fernando Luiz (PSD)

Professora Marli (PP)

Henrique Braga (PSDB)

Léo (PSL)

Macaé Evaristo (PT)

Fernanda Pereira Altoé (Novo)

Wilsinho da Tabu (PP)

CPI da Covid-19

Titulares

Nikolas Ferreira (PRTB)

Jorge Santos (Republicanos)

Flávia Borja (Avante)

Irlan Melo (PSD)

Prof. Juliano Lopes (PTC)

José Ferreira (PP)

Bruno Miranda (PDT)

Suplentes

Marilda Portela (Cidadania)

Marcos Crispim (PSC)

Dr. Célio Fróis (Cidadania)

Helinho da Farmácia (PSD)

Walter Tosta (PL)

Pedro Patrus (PT)

Miltinho CGE (PDT)

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