3 - 4 minutes readPrecisando de recursos, Sofia Feldman recebe vereadores na segunda
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Com o objetivo de verificar as instalações e condições de atendimento da maternidade, a Comissão de Saúde e Saneamento realizará na segunda-feira (16/5), às 10h, visita técnica ao Hospital Sofia Feldman. Localizada na Rua Antônio Bandeira, nº 1060, no Bairro Tupi, a unidade, que é filantrópica e atende 100% via Sistema Único de Saúde (SUS), tem recebido a atenção de parlamentares da capital e ao menos uma audiência pública e uma visita técnica já foram feitas neste ano para tratar de assuntos ligados ao custeio do Sofia Feldman. Nestas ocasiões, a questão do subfinanciamento da unidade mostrou-se um desafio. Solicitada pelo vereador Wilsinho da Tabu (PP), a visita desta segunda tem como convidados a secretária municipal de Saúde, Claudia Navarro, e o diretor regional de Saúde Norte, Moises Gonçalves.

Subfinanciamento e emendas parlamentares

No último dia 6 de abril, audiência pública requerida na mesma comissão debateu o subfinaciamento e o acúmulo de dívidas por parte da unidade. Na ocasião, a diretora da maternidade, Tatiana Coelho Lopes, apresentou dados que mostram a diferença no financiamento por parto em hospitais que também atendem pelo SUS. Enquanto no Sofia Feldman este valor é de R$ 5.103,89; na Maternidade Odete Valadares, é de R$ 18.903,93 e no Hospital das Clínicas da UFMG R$ 14.350,25.

Ainda no encontro, o presidente da Associação Comunitária de Amigos e Usuários do Sofia Feldman, Samuel Fernando dos Reis, agradeceu a destinação de emendas que vereadores fizeram ao hospital no valor de R$ 3 milhões. Samuel disse esperar que, neste ano, a maternidade receba emenda de todos os 41 parlamentares, já que o dinheiro será usado para salvar vidas. Como encaminhamento da audiência, o presidente da Comissão de Saúde e Saneamento, José Ferreira (PP), se prontificou, juntamente com outros vereadores, a trabalhar para ampliar as emendas destinadas à instituição.

Diante da situação financeira do hospital, a Comissão de Saúde e Saneamento, por solicitação de Fernanda Pereira Altoé (Novo), enviou pedido de informação à Prefeitura, no último mês de março, questionando se o Município repassa recursos à maternidade e se já ofereceu outro tipo de suporte à entidade. O questionamento foi motivado por declaração do então secretário municipal de Saúde, Jackson Machado Pinto, que afirmou em audiência pública que o Sofia Feldman “tem problemas importantes e internos de gestão” e que a PBH já teria oferecido um administrador hospitalar à entidade, que teria recusado a ajuda.

Risco de fechamento

Também neste ano, no mês de fevereiro, desta vez pela Comissão de Mulheres, foi feita uma visita técnica à unidade do Sofia Feldman no Carlos Prates. Na ocasião, as parlamentares conheceram os serviços disponibilizados e ouviram a diretoria, que demonstrou que, embora a quantidade de atendimentos seja significativa, os recursos não são suficientes e há necessidade de um aporte fixo para o funcionamento pleno do equipamento.

A unidade do Carlos Prates foi aberta em julho de 2020. Durante a visita, a diretora Ana Paula Vallerini contou que, embora os números de 2021 sejam expressivos – 6.165 atendimentos de pré-natal de alto risco, 9 mil exames de ultrassom, 1,6 mil cirurgias de vasectomia, além de 4.700 inserções de Dispositivo Intrauterino (DIU) -, o hospital corre o risco de ainda neste ano fechar as portas por falta de recursos. O déficit ao final de 2022 pode chegar a R$ 32 milhões. Em 2021, a unidade se tornou referência para o recebimento de gestantes vindas de 50 municípios do interior do estado, o que tem sobrecarregado ainda mais o atendimento. 

Superintendência de Comunicação InstitucionalCâmara Municipal de BH