3 - 4 minutes readVereadores protocolam manifesto em prol do Aeroporto Carlos Prates
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Eles pedem volta imediata das operações

Vinte e dois vereadores de Belo Horizonte divulgaram ontem um manifesto público em prol do Aeroporto Carlos Prates, com pedido de retorno imediato das operações.

O documento foi protocolado no Ministério de Portos e Aeroportos, na Presidência da República e na Prefeitura de Belo Horizonte. No texto, eles alegam ser “falso” o argumento de que as operações do aeroporto sejam inseguras e levantam outras considerações.

Quanto à segurança, o manifesto diz que em 80 anos de atividade, “ocorreram apenas quatro acidentes com vítimas em solo”. E pontua considerações “para que a aviação em Belo Horizonte seja estimulada e tratada como Política de Estado, com incentivo ao desenvolvimento tecnológico, à formação e à capacitação de pessoas nessa área”.

Os vereadores pontuam a importância do aeroporto, alegando ser ele o ‘segundo polo formador de pilotos do Brasil e da América Latina’. Também ressaltam que ali operam diversas empresas no segmento, como manutenção, hangares de apoio, escolas de formação de aeronautas, além de abrigar o Aeroclube do Estado de Minas Gerais.

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Os parlamentares lembram ainda que ali opera a maior e mais moderna empresa de manutenção de helicópteros de Minas Gerais (2ª maior do Brasil) e que ela realiza a manutenção das aeronaves do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, além das aeronaves públicas de transporte de órgão e vacinas.

No manifesto, eles lembram que anualmente mil aeronautas são formados nas cinco escolas presentes no espaço. E que o aeroporto é a base de operações de resgate de vítimas, como foi o caso da tragédia de Brumadinho e de combate a incêndios florestais na Serra do Curral e matas adjacentes.

Outra questão importante levantada pelo documento é que “há uma grande demanda por formação de pilotos no mundo e Belo Horizonte tem interesse em atrair e ampliar esse segmento que promove desenvolvimento econômico para todo o ecossistema aeronáutico”, ponderam no texto.

O vereador Bráulio Lara, que é presidente da Comissão de Mobilidade Urbana, Indústria do Comércio e Serviços da Câmara dos Vereadores de Belo Horizonte, alega que lutarão até “o último segundo” para que o aeroporto continue em atividade na cidade.

Ele defende que as políticas de habitação sejam continuadas, mas considerando outras áreas da cidade. “Até o mês de março deste ano não existia esta área do aeroporto, porque agora estão fazendo este populismo de ficar falando que vai resolver os problemas todos numa área que vai destruir um equipamento econômico tão importante?”, questiona. Ele defende que as habitações populares sejam construídas onde de fato estavam previstas na Conferência de Política Urbana. “É isso que a gente quer”, argumenta.

Para Estevan Velasquez, presidente da Voa Prates, associação que representa pilotos, instrutores, alunos e apoiadores do Aeroporto Carlos Prates, o apoio dos vereadores é extremamente importante. “Um assunto que é técnico, de enorme impacto no curto, médio e longo prazos, está sendo levado de forma leviana e açodada pela Prefeitura. Existia todo um projeto e um trabalho já sendo feito há quatro anos pelo aeroporto”, diz.

Ao final do manifesto, os vereadores argumentam que o aeroporto desenvolve um importante papel social e econômico e que qualquer movimento que ameace sua existência “é um imenso retrocesso” e vai na “contramão do desenvolvimento do País”.

Assinam o documento os 22 vereadores de Belo Horizonte

● Braulio Lara (Novo);
● César Gordim (Solidariedade);
● Ciro Pereira (PTB);
● Cláudio do Mundo Novo (PSD);
● Cleiton Xavier (PMN);
● Dr. Célio Fróis (PV);
● Fernanda Pereira Altoé (Novo);
● Fernando Luiz (PSD);
● Flávia Borja (PP);
● Helinho da Farmácia (PSD);
● Henrique Braga (PSDB);
● Irlan Melo (Patriota);
● Juninho Los Hermanos (Avante);
● Loíde Gonçalves (Podemos);
● Marcos Crispim (PP);
● Marilda Portela (Cidadania);
● Reinaldo Gomes Preto Sacolão (MDB);
● Rubão (PP);
● Sérgio Fernando (PL);
● Wanderlei Porto (Patriota);
● Wesley Moreira (PP);
● Wilsinho da Tabu (PP).

Diário do Comércio