O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), abriu créditos suplementares de R$ 52 milhões no orçamento municipal para alterar emendas individuais impositivas dos vereadores da cidade. Na prática, o dinheiro será apenas reencaminhado. Ele já estava previsto na dotação orçamentária, mas com outras destinações, que foram anuladas ou canceladas. Portanto, agora, precisam passar por modificações. 

As emendas são definidas na Lei Orçamentária Anual, redigida sempre no ano anterior. Portanto, alguns vereadores que não estão mais na Câmara Municipal de BH estão na lista das alterações comunicadas por Fuad. Os motivos variam, como mudança de cargo (Bella Gonçalves, Nikolas Ferreira, Nely Aquino e Duda Salabert, por exemplo), falecimento (Walter Tosta) e renúncia (Léo Burguês).

O vereador que teve mais dinheiro com destinação alterada é Ramon Bibiano da Casa de Apoio (PSD): R$ 3,3 milhões. Ele foi peça-chave para uma das maiores derrotas de Fuad na Câmara, quando o vereador licenciado Claudiney Dulim (Avante) perdeu a eleição para a presidência da Casa para Gabriel Azevedo (sem partido). Do mesmo partido do prefeito, Ramon votou em Gabriel, oficializando a derrota de Noman por 21 votos a 20. 

Depois dele, aparece Álvaro Damião (União Brasil), que teve R$ 2,7 milhões em emendas com destinação alterada. Bella Gonçalves (Psol), Cláudio do Mundo Novo (PSD) e Marcos Crispim (Podemos) também ultrapassam a marca dos R$ 2 milhões.

A lista completa das novas destinações, dos cancelamentos e das anulações pode ser consultada no Diário Oficial do Município.