Presidente e relator da CPI do Abuso de Poder na PBH serão escolhidos na quinta
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que vai investigar supostos abusos de poder praticados na Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) se reunirá pela primeira vez na quinta-feira (29) para eleger o presidente e o relator do colegiado.
O TEMPO apurou que há acordo entre os integrantes da CPI para que o vereador Wesley (PP) presida a comissão e que a relatora seja a vereadora Fernanda Pereira Altoé (Novo).
Os demais integrantes titulares da comissão são Miltinho CGE (PDT), Nikolas Ferreira (PL), Gilson Guimarães (Rede), Ciro Pereira (PTB) e Wilsinho da Tabu (PP).
Já os suplentes, que participam das reuniões nas ausências dos titulares, são Fernando Luiz (PSD), Marilda Portela (Cidadania), Reinaldo Gomes Preto Sacolão (MDB), Álvaro Damião (União Brasil), Walter Tosta (PL), Helinho da Farmácia (PSD) e Professora Marli (PP).
Relação da gestão Kalil com o Atlético
Um dos objetivos da CPI é investigar se houve uso da máquina pública da Prefeitura de Belo Horizonte para interferir em questões internas do Atlético, principalmente durante a gestão do ex-prefeito Alexandre Kalil (PSD), que já presidiu o clube.
De acordo com o requerimento que criou a comissão, os vereadores vão apurar as contrapartidas exigidas para a construção da Arena MRV e a nomeação, em cargos comissionados da PBH, de ex-funcionários do clube e de lideranças de torcidas organizadas.
O atual prefeito da capital, Fuad Noman (PSD), que era vice de Kalil, disse que a CPI diz respeito à “briga interna de pessoas” e não contribui para a cidade. “A Câmara quando faz suas investigações, suas fiscalizações, faz no sentido de construir para a cidade, quando ela faz para uma pessoa ou outra, não constrói”, declarou o chefe do Executivo de Belo Horizonte no dia 17 de dezembro.
A CPI também vai investigar o motivo da PBH ter desistido de cobrar de Kalil, na Justiça, dívidas relativas ao IPTU, e se a Procuradoria Geral do Município agiu para beneficiar o ex-prefeito, mesmo quando ele já não estava mais no cargo.
Além desta comissão, há uma segunda CPI em andamento na Câmara Municipal que vai investigar contratos firmados entre a PBH e a empresa que presta o serviço de limpeza e preservação da Lagoa da Pampulha.