CPI que investigava Adalclever é encerrada na Câmara de BH
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigava supostas irregularidades na atuação da Secretaria Municipal de Governo comandada por Adalclever Lopes (PSD) durante a gestão de Alexandre Kalil (PSD) foi encerrada na Câmara Municipal de Belo Horizonte nesta terça-feira (20).
Conforme o presidente da comissão, Ciro Pereira (PTB), a investigação perdeu o objeto. O requerimento que deu origem às discussões citava suspeita de “favores pessoas e políticos” na prefeitura.
O encerramento da CPI foi determinado em reunião, e não teve votos contrários. Além de Ciro, participaram Marcos Crispim (PP), Nikolas Ferreira (PL) e Wilsinho da Tabu (PP). Duda Salabert (PDT), Álvaro Damião (União Brasil) e Flávia Borja (PP), que também integravam o grupo, não compareceram na votação.
De acordo com o texto de requerimento, protocolado em 2021, a CPI tinha como objetivo “Apurar irregularidades na atuação da Secretaria Municipal de Governo envolvendo promoção de negócios privados, contrários ao interesse coletivo, notadamente por parte do Sr. Adalclever Lopes que, no exercício indevido das suas atribuições, seria o responsável não só por nomeações em troca de favores pessoais e políticos como também pela obtenção de vantagens de terceiros e verbas ilícitas, em manifesta ofensa ao artigo 37, caput, da Constituição Federal”, trazo texto do requerimento para a criação da CPI. Adalclever Lopes, mas ele não foi atendeu às ligações. Ciro Pereira também não respondeu.
CPIs
Duas outras CPIs ainda estão em andamento na Câmara de Belo Horizonte. Uma delas, que também apura ingerências da gestão de Kalil, foi apresentada na última sexta-feira (16) e acusa o ex-prefeito de ter interferido em questões internas ao Atlético time do qual foi presidente no passado. Conforme o requerimento, os parlamentares querem apurar as contrapartidas exigidas para a construção da Arena MRV e a nomeação, encargos comissionados da prefeitura, de ex-funcionários do clube e de lideranças de torcidas organizadas. Ciro Pereira foi o primeiro signatário do requerimento, junto a Bráulio Lara (Novo), Cleiton Xavier (PMN), Fernanda Pereira Altoé (Novo), Flávia Borja, Gabriel (sem partido), Irlan Melo(Mais Brasil), Jorge Santos (Republicanos), Juliano Lopes (Agir), Professora Marli (PP), Rubão (PP), Marcos Crispim, Nikolas Ferreira, Wesley(PP) e Wilsinho da Tabu.
“Os Vereadores da Câmara Municipal de Belo Horizonte, constataram, em ampla cobertura da imprensa, uma clara suspeita de que as contrapartidas exigidas pela construção do estádio do Clube Atlético Mineiro, denominado Arena MRV ou Arena do Galo, foram impostas exclusivamente para prejudicar o andamento das obras do novo complexo esportivo mineiro, por motivos alheios ao interesse da cidade”, apontaum trecho do requerimento.
A outra CPI protocolada na Câmara contra o Executivo trata de contratos com uma empresa que prestava
serviços de limpeza e preservação da Lagoa da Pampulha, presidida pelo vereador Juliano Lopes (Agir) e relatada por Bráulio Lara.
O pedido para abertura da CPI recebeu 17 assinaturas e havia sido aceito pela presidente Nely Aquino (Podemos) no último dia 30. A ação foi entendida como um recado ao secretário de Governo Josué Valadão, que foi secretário Municipal de Obras na gestão Kalil e responsável pela assinatura dos contratos.