Apesar de melhorias, necrópole carece de cuidado da população
“Hoje é um cemitério melhor”. Esta foi a conclusão dos vereadores do PP, Wilsinho da Tabu e Marcos Crispim, em visita técnica realizada pela Comissão de Administração Pública nesta sexta-feira (13/5), ao Cemitério da Saudade (Praça Louis Braille, 100, Bairro Saudade). Para os parlamentares, a necrópole municipal pode evoluir, mas apresentou melhorias consideráveis nas condições de velório e limpeza. Os dois também detectaram que algumas das demandas dos cidadãos podem ser solucionadas com a difusão de informações sobre aspectos como a manutenção dos jazigos, que é de responsabilidade da família detentora do túmulo e não da Fundação de Parques Municipais (FPM), que gerencia os cemitérios públicos de BH.
Solicitada por Wilsinho diante de denúncias de abandono, a visita teve o objetivo de verificar as condições sanitárias, zeladoria, atendimento ao público, manutenção, estado dos túmulos e número de funcionários à disposição para os enterros na necrópole. Além dos vereadores, estiveram presentes o gerente do Cemitério da Saudade, Vicente Ferreira de Oliveira Junior; e o gerente de Necrópoles da FPM, Wellington Corrêa. Segundo Wellington Corrêa, desde 2017 têm sido implementadas melhorias neste e em outros cemitérios da cidade. O gerende de Necrópoles da FPM explicou que a taxa de manutenção cobrada se refere à limpeza e conservação do cemitério e não dos túmulos, que são de responsabilidade do concessionário. Caso ele não esteja fazendo a manutenção do jazigo, é notificado três vezes e, não comparecendo, o cemitério retoma o túmulo e recolhe os ossos para o ossário. “Não temos o interesse de retomar a sepultura de ninguém, apenas o fazemos se for necessário, como no período da pandemia de coronavírus”, assegurou.
O representante da Fundação de Parques assinalou também que houve uma mudança de georreferenciamento no Cemitério da Saudade durante a pandemia, que agora conta com 31.154 sepulturas e sete velórios. Antes da mudança, o equipamento contava com 31.307 túmulos e oito velórios. Wilsinho da Tabu disse que as instalações do cemitério melhoraram muito e solicitou a Vicente Ferreira, gerente do local, um relatório com as dificuldades pelas quais passa a necrópole e as necessidades de mão de obra. Vicente Ferreira propôs ao vereador que as leis e regras que regem os cemitérios sejam estudadas para a confecção de um material informativo que esclareça as pessoas sobre seus direitos e deveres.
Os gerentes do Cemitério da Saudade e o de Necrópolis da FPM explicaram ainda que a Guarda Civil Municipal faz rondas periódicas no local, comparecendo também quando acionada. Os parlamentares também visitaram o túmulo da Faculdade de Medicina da UFMG, destinado às pessoas que, em vida, doaram seus corpos para estudo. Wellington Corrêa explicou como funciona o túmulo comunitário, em que até três famílias recebem documentação para uso por três anos. Também foram discutidos os procedimentos necessários para o enterro de pessoas carentes. Marcos Crispim considerou a visita esclarecedora, principalmente no item de conservação dos túmulos, que é de responsabilidade das famílias. “Fiquei com a impressão de que o funcionamento do cemitério melhorou”, finalizou o vereador.
Em 2020 foi feita uma reforma no local, abrangendo quatro velórios. Foram realizadas, ainda, instalações de esquadrias, rede elétrica, bacias sanitárias e lavatórios, bem como acabamentos elétricos e hidráulicos, além da implantação de guarda-corpo e corrimão. Também foi executada pintura geral. O valor gasto nas intervenções foi de R$180 mil.
Superintendência de Comunicação Institucional – Câmara Municipal de BH