3 minutes readNova CPI que vai investigar irregularidades na PBH tem nome e membros definidos
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CPI dos Favores Pessoais e Políticos na PBH. Assim é o nome escolhido pelos vereadores para a nova Comissão Parlamentar de Inquérito instaurada na Câmara Municipal de Belo Horizonte para investigar irregularidades na Prefeitura de Belo Horizonte. 

Conforme já informou o jornal O TEMPO, a nova CPI foi criada para substituir a CPI do Uso da Máquina Pública, que foi suspensa por decisão judicial.  

Os membros da nova CPI já foram indicados e permanecem os mesmos que compunham a anterior. São eles: Flávia Borja (Avante) ( primeira signatária do pedido de abertura da comissão em ambas CPI), Nikolas Ferreira (PRTB), Álvaro Damião (DEM), Ciro Pereira (PTB), Duda Salabert (PDT), Marcos Crispim (PSC) e Wilsinho da Tabu (PP). 

Após a definição dos membros, o vereador mais velho do colegiado convoca a primeira reunião como presidente interino da CPI. Neste primeiro encontro, os vereadores deliberam sobre quem será o presidente e quem será o relator. 

A expectativa nos bastidores também, assim como foi na CPI anterior, é de que os vereadores da oposição Ciro Pereira (PTB) e Nikolas Ferreira (PRTB) sejam presidente e relator respectivamente. 

A nova CPI foi criada justamente para substituir a anterior que foi derrubada judicialmente, em segunda instância, por falta de objeto claro, conforme argumentou o desembargador responsável pela decisão, Carlos Roberto de Faria. A Câmara chegou a entrar com um recurso na tentativa de suspender a decisão, mas os vereadores preferiram criar uma nova CPI com um escopo mais claro quanto ao objeto da investigação.

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O requerimento com as 14 assinaturas necessárias para a abertura foi protocolado e aceito pela presidente da Câmara, Nely Aquino (Podemos), na última quarta-feira (24).  Nele, os vereadores mudaram o objeto e dessa vez o foco maior da CPI são as denúncias contra o ex-secretário de Governo, Adalclever Lopes. 

Assinaram o novo requerimento os mesmos que assinaram o que originou a CPI do Uso da Máquina Pública. São eles: Flávia Borja, como participação garantida por ser primeira signatária, Ciro Pereira (PTB), Nikolas Ferreira (PRTB), Marcos Crispim,  Wilsinho da Tabu, Braulio Lara (Novo), Henrique Braga (PSDB), José Ferreira (PP), Marilda Portela (Cidadania), Professor Juliano Lopes (Agir), Reinaldo Gomes Preto Sacolão (MDB), Rubão (PP), Wanderley Porto (Patri) e Wesley (Pros).

Procurado para comentar, o ex-secretário de Governo, Adalclever Lopes, que é alvo principal desta CPI, lamentou o que ele chamou de ‘desrespeito a Justiça’. 

“Essa nova CPI mostra um desrepeito dos vereadores com a Justiça. Eles não esperaram nem o recurso deles mesmo ser julgado e já criaram uma nova CPI com praticamente o mesmo teor da anterior que foi suspensa judicialmente. Mostra a perseguição política que se instauro na Câmara contra mim, e principalmente contra o Kalil. Não esperaram o recurso porque eles sabem que estão fazendo coisa errada. Essa CPI já está com o relatório pronto”, afirmou Adalclever. 

Questionado se pretende entrar na Justiça contra a nova CPI, assim como fez contra a CPI do Uso da Máquina Pública, o ex-secretário afirmou que irá consultar os seus advogados. 

“Eu vou deixar com a Justiça. Vou olhar com meus advogados. Eu não temo a isso. O ônus da prova é de quem acusa, eles terão que provar. E a Justiça irá resolver”, disse. 

O Tempo