2 - 3 minutes readVereadores de BH descartam pedir impeachment de Kalil antes do fim das CPIs na Casa
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Após mais de duas horas de reunião a portas fechadas com 23 dos 41 vereadores da capital, a presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, Nely Aquino (Podemos), disse na tarde desta quinta-feira (21) que o grupo vai esperar a apresentação dos relatórios finais das CPIs da BHTrans e da Covid-19 para decidir se protocolam ou não um pedido de impeachment do prefeito Alexandre Kalil (PSD).

“O que vai definir a abertura ou não de um processo de impeachment são questões técnicas, de possíveis crimes de responsabilidade, e não de dificuldade de interlocução entre a Câmara e o prefeito”, enfatizou a parlamentar.

Nely fez um pronunciamento repudiando as declarações dadas pelo prefeito em entrevista coletiva um pouco mais cedo. Os vereadores afirmaram que “a Câmara não cederá às pressões” e que “Kalil foi desrespeitoso com os parlamentares”. O grupo afirma que as investigações feitas pelas duas CPIs em andamento na Casa “são lícitas e sérias”.

A presidente da Câmara Municipal classificou como “graves e seríssimas” as declarações feitas pelo ex-chefe de gabinete de Alexandre Kalil, Alberto Lage, durante acareação feita na manhã desta quinta na CPI da Covid-19. O depoente apresentou áudios que, segundo ele, apontam que empresários de ônibus da capital mineira estariam pagando a defesa do ex-presidente da BHTrans, Célio Bouzada. Na entrevista coletiva, o prefeito negou as acusações e informou que vai ingressar com uma ação na Justiça.Publicidade

Nely Aquino disse ainda que o chefe do Executivo “precisa respeitar os parlamentares e o Parlamento” e entender que a CMBH é um poder independente. “O prefeito tem que respeitar a Câmara, gostando ou não dos líderes que aqui estão. Nós somos eleitos para cuidar dos problemas da cidade, e não vamos nos furtar de fazer isso”, afirmou ela.

Ao comentar se a relação entre o Executivo e o Legislativo alcançou o momento de maior tensão, a presidente da Casa desafiou Kalil a comprovar que a Câmara tenha impedido algum projeto que resolva problemas do município. “Estamos há sete anos esperando a resolução dos problemas da chuva, e nada. Depois o prefeito vem dizer que essa Casa impediu o projeto da Vilarinho, mas eu desafio a alguém a encontrar na Lei do Empréstimo que foi vetada aqui a palavra Vilarinho. Se o prefeito não conseguiu aprovar o projeto, não foi culpa da CMBH, mas sim da falta de interlocução dele entre os vereadores”, afirmou a presidente da CMBH.

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